terça-feira, 25 de novembro de 2008

VIOLÊNCIA EM DEBATE


Países reúnem-se para discutir
abuso sexual contra criança
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - Representantes dos governos de 137 países dos cinco continentes, empresários e cerca de 300 adolescentes de diversas nacionalidades se reúnem a partir de hoje (25) no Rio de Janeiro, no 3o Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Até o dia 28, eles vão debater temas como o combate à pedofilia pela internet e o turismo sexual envolvendo crianças e adolescentes.

De acordo com a subsecretária nacional de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Oliveira, a idéia é envolver governos, empresários e a sociedade civil em um grande pacto de enfrentamento desse tipo de violência.

“Vamos discutir novas estratégias. Alguns desses fenômenos requerem um acordo transnacional e envolvem acordos entre diversos segmentos estratégicos. Por isso, estamos trazendo empresários, como, por exemplo, os provedores de internet, da área de transporte, de turismo, das empresas de comunicação. Então, é um grande pacto social que esperamos ter como resultado desse encontro aqui no Rio de Janeiro”, disse.

Essa é a primeira vez que congresso é realizado em um país americano. As edições anteriores ocorreram na Suécia, em 1996, e no Japão, em 2001.

FONTE Agência Brasil

terça-feira, 4 de novembro de 2008

ARTE BRASILEIRA

Caetano Veloso e Roberto
Carlos, poesia e tecnologia

POR WALTER GALVÃO

O show já disponível em DVD que fizeram Roberto Carlos e Caetano Veloso para festejar os 50 anos da Bossa Nova através de interpretações da música de Tom Jobim foi uma conquista da sensibilidade brasileira.

O espepetáculo é imperdível. Momento mágico e lírico. Espetáculo poético e tecnológico. Os artistas esbanjaram técnica, estilo. A performance mostra a maturidade do que poderíamos chamar de tecnologia expressional da arte pop contemporânea.

Os dois artistas confirmam: é a arte, sim, capaz de expressar características íntimas psicológicas, estéticas, artísticas, criativas, sensíveis, afetivas, políticas e culturais de um povo.

Roberto e Caetano exibem a complexidade rítmica de um gênero brasileiro que por meio século expande fronteiras e limites, direciona caminhos melódico-harmônicos, indica novas rotas para a criação musical.

Geniais, os dois artistas elevam a música à condição de espaço poético para a radicalização dos sentimentos. Dizem quase tudo do que somos: musicais, passionais, sentimentais.
Iluminam o Brasil. Desvelam vidas.

domingo, 2 de novembro de 2008

ANÁLISE INTERNACIONAL

Lula sem claro sucessor
para eleições de 2010

Depois da vitória nas municipais,
o PMDB tornou-se mais agressivo

Hábil político, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, tenta frisar que nada perdeu nas eleições municipais, já que o seu Governo não estava em jogo. Chegou a dizer que, se a oposição venceu, foi porque não discriminou qualquer cidade e porque a economia estava a viver uma boa fase. Mas a verdade é que a vitória da oposição em São Paulo foi um revés para Lula. Nomeadamente porque o prefeito reeleito, Gilberto Kassab, foi impulsionado pelo governador desse estado, José Serra, do também oposicionista PSDB.

A vitória de Kassab é vista como um cheque a favor de Serra, pois o governador apostou nele mesmo quanto este tinha só 8% das preferências. Lula e o seu Partido dos Trabalhadores (PT) mostram estatísticas a ilustrar que tiveram um bom desempenho no país, mas a verdade é que o grande vencedor é o PMDB - que estará à frente da segunda maior cidade, o Rio de Janeiro, de capitais como Porto Alegre, Florianópolis e Salvador, além do maior número de cidades brasileiras de todos os tamanhos.

Lula tinha declarado que iria vencer em São Paulo, com Marta Suplicy, mas perdeu com enorme diferença de votos. Kassab teve mais de 60% dos votos. Nada menos que 11 ministros - além de Lula - participaram nos comícios na maior cidade do país. Embora as presidenciais sejam em Outubro de 2010, o tema está na ordem do dia. Lula tem 80% de apoio popular, mas não pode ser reeleito. E nenhum nome do Governo se impôs, nem mesmo o da ministra Dilma Roussef, da Casa Civil. (LER ARTIGO COMPLETO AQUI)

Reprodução: DIÁRIO DE NOTÍCIAS, Lisboa 2 de novembro de 2008
Imagem DN Sérgio Barreto Motta