segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ETNIAS EM MARCHA

Unos 20 mil indígenas
colombianos participarán
en marcha de protesta


02:32 PM Bogotá.- Unos 20.000 indígenas colombianos aspiran a participar en una marcha que comenzará mañana en el suroeste del país rumbo a la ciudad de Cali, en el marco de la protesta que etnias nativas cumplen desde el 12 de octubre para hacer diversos reclamos al gobierno.

Portavoces de la Organización Nacional Indígena de Colombia (ONIC) dijeron que cerca de 12.000 personas iniciarán la marcha en la localidad de Piendamó, a unos 350 kilómetros al suroeste de Bogotá, en el departamento de Cauca, donde permanecen concentrados desde el inicio de la protesta.

El objetivo es llegar entre el sábado y martes próximos a Cali, capital del departamento de Valle del Cauca, tras hacer un recorrido de 90 kilómetros en el que se deben sumar unas 8.000 personas, reseñó DPA.Los indígenas, principalmente de las etnias Páez, Guambiana y Embera-Chamí, iniciaron las manifestaciones con el objetivo de reclamar al gobierno la entrega de tierras, el cese de la violencia contra sus líderes y modificaciones a los estatutos del sector minero, así como para rechazar el Tratado de Libre Comercio (TLC) firmado por Colombia y Estados Unidos.

Reproduzido de EL UNIVERSAL Caracas 20.10.08
Imagem El Universal

domingo, 19 de outubro de 2008

INFÂNCIA PERDIDA


Brasil tem um milhão
de crianças viciadas
Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Psiquiatria revela uma triste realidade. Chega a um milhão o número de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos que apresentam sintomas de dependência química.
Eles consomem álcool, merla, crack, maconha, solventes e outros entorpecentes; fogem de casa; servem a traficantes; roubam; abandonam a escola e transformam a vida dos pais e a deles num tormento cotidiano.As famílias buscam ajuda, mas 60% delas não conseguem tratamento para os filhos e se deparam com a falta de políticas públicas.
Reproduzido a partir do Correio Braziliense 19.10.08
Imagem Google

AMEAÇAS DA CRISE AO CONSUMO



Varejo e indústria discutem
os repasses da alta do dólar

Varejo e indústria discutem alternativas para destravar as negociações de preços das mercadorias afetadas pela alta do dólar.

Alguns fabricantes de bens de consumo já trabalham com tabelas que embutem aumentos de 2% a 15%, dependendo do produto, mas o varejo resiste aos reajustes.

Para assegurar os negócios, uma prática que começa a ser adotada é condicionar o valor do aumento à evolução futura da taxa de câmbio.

De acordo com Nabil Sayon, presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping Centers (Alshop), as varejistas estão incluindo nos contratos com as indústrias uma cláusula de "rebate" para se proteger. Nesses casos, o fornecedor devolverá a diferença de preços ao lojista caso a taxa de câmbio recue no futuro.

Reproduzido de Valor Econômico

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DESIGUALDADE NO BRASIL

Pesquisa estima que escolaridade
de negros e de brancos só
se igualará em 17 anos


Da Agência Brasil
no Rio de Janeiro


Estudo divulgado nesta quarta (15) pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) mostra que as desigualdades entre negros e brancos no sistema de ensino diminuíram nos últimos anos, mas revela que os negros estão acima da idade adequada aos níveis que freqüentam e, no ritmo atual, a diferença entre os dois segmentos só acabará em 17 anos.

De acordo com a pesquisa, entre 1995 e 2006 a taxa média de crescimento anual do número de anos na escola foi de 1,03 entre os brancos e de 1,06 entre os pretos e pardos. Apesar do pequeno avanço, em 2006, a população branca acima de 15 anos tinha oito anos de estudo, o equivalente à totalidade do ensino fundamental, contra seis anos entre os negros.

O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, destaca que o avanço da taxa média de anos na escola pode ser explicado pelo aumento "inédito" do contingente de pretos no ensino fundamental, no entanto, destaca que muitas pessoas entraram na escola em idade superior à adequada, ou seja, mais velhas do que o ideal para a turma.

Imagem: FOTO de Tuca Vieira LIVRO: Cidades do Brasil

terça-feira, 14 de outubro de 2008

SARAMAGO ATACA A ESQUERDA MUNDIAL



Onde está a esquerda?

POR JOSÉ SARAMAGO

Vai para três ou quatro anos, numa entrevista a um jornal sul-americano, creio que argentino, saiu-me na sucessão das perguntas e respostas uma declaração que depois imaginei iria causar agitação, debate, escândalo (a este ponto chegava a minha ingenuidade), começando pelas hostes locais da esquerda e logo, quem sabe, como uma onda que em círculos se expandisse, nos meios internacionais, fossem eles políticos, sindicais ou culturais que da dita esquerda são tributários. Em toda a sua crueza, não recuando perante a própria obscenidade, a frase, pontualmente reproduzida pelo jornal, foi a seguinte: “A esquerda não tem nem uma puta ideia do mundo em que vive”. À minha intenção, deliberadamente provocadora, a esquerda, assim interpelada, respondeu com o mais gélido dos silêncios. Nenhum partido comunista, por exemplo, a principiar por aquele de que sou membro, saiu à estacada para rebater ou simplesmente argumentar sobre a propriedade ou a falta de propriedade das palavras que proferi.

Nada de nada, silêncio total, como se nos túmulos ideológicos onde se refugiaram nada mais houvesse que pó e aranhas, quando muito um osso arcaico que já nem para relíquia servia. Durante alguns dias senti-me excluído da sociedade humana como se fosse um pestífero, vítima de uma espécie de cirrose mental que já não dissesse coisa com coisa.

O tempo foi passando, passando, a situação do mundo complicando-se cada vez mais, e a esquerda, impávida, continuava a desempenhar os papéis que, no poder ou na oposição, lhes haviam sido distribuídos. Eu, que entretanto tinha feito outra descoberta, a de que Marx nunca havia tido tanta razão como hoje, imaginei, quando há um ano rebentou a burla cancerosa das hipotecas nos Estados Unidos, que a esquerda, onde quer que estivesse, se ainda era viva, iria abrir enfim a boca para dizer o que pensava do caso. Já tenho a explicação: a esquerda não pensa, não age, não arrisca um passo. Passou-se o que se passou depois, até hoje, e a esquerda, cobardemente, continua a não pensar, a não agir, a não arriscar um passo. Por isso não se estranhe a insolente pergunta do título: “Onde está a esquerda?” Não dou alvíssaras, já paguei demasiado caras as minhas ilusões.

Transcrição resumida da Agência Carta Maior. Texto completo AQUI.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

AGENDA AMBIENTAL


Europa, África, América Latina:
agenda para a sustentabilidade


POR WALTER GALVÃO

O Centro de Informação Européia Jacques Delors destaca, no site em que divulga a agenda com todos os continentes, duas questões cruciais da atualidade: fontes de energia e alterações climáticas.

As expectativas que a agenda contempla: como manter padrões estáveis nas duas áreas; como produzir alternativas para o incremento da produtividade geral das economias; a partir de que parâmetros é possível consolidar matrizes energéticas de sucesso; encaminhamento, promoção, difusão de técnicas e táticas para prevenir frustrações de safras; mobilização social para planejar a cultura frente aos colapsos cíclicos da natureza.

Temas como sustentabilidade e poupança energética para a qualidade de vida no cotidiano de todas as populações integram esta agenda que expressa necessidades do Nordeste brasileiro, da Manhattan dos migrantes, de Angola agora, de todos os quadrantes planetários.

A especificidade da agenda, quanto ao foco na África e na América Latina: biocombustíveis. É isso. Espaços, tecnologia, mercado, recursos para a produção. Trepidações na matriz energética: o que fazer para evitar um possível labirinto de apagões sucessivos, justapostos, sistêmicos, interligados.


Veja AQUI as questões mais freqüentes presentes ao debate globalizado sobre fontes de energia e alterações climáticas.
Imagem: Por-do-Sol em Manhattan by Google Images

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

SAÚDE PÚBLICA


Ganhadores do Nobel
de Medicina elogiam
programa antiaids do Brasil
Publicado em 08.10.2008, às 16h11


Os médicos franceses vencedores do prêmio Nobel de Medicina de 2008, em reconhecimento à descoberta do vírus HIV nos anos 1980, elogiaram nesta quarta-feira (8), em Paris, a política de atendimento universal e gratuito de pacientes infectados, o uso de medicamentos genéricos e a luta por drogas mais baratas no Brasil. Para Luc Montagnier, entretanto, o país precisa evoluir na atenção às pessoas que portam o vírus, mas que desconhecem o contágio, não são tratadas e continuam a disseminar a doença.

Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi foram informados na segunda-feira (6) de que haviam recebido o Nobel de Medicina, concedido pelo Instituto Karolinska, de Estocolmo, na Suécia. Apenas hoje (8), porém, retornaram a Paris, onde foram homenageados no Instituto Pasteur e na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), antes de serem recebidos pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. Os dois estavam em compromissos no Camboja (Ásia) e na Costa do Marfim (África), quando receberam a notícia de que dividiriam a edição de 2008 da honraria com o médico e pesquisador alemão Harald zur Hausen, descobridor do papilomavírus humano - causador do câncer de colo de útero.

Em entrevista na sede da Unesco, hoje (8) à tarde, Françoise e Montagnier defenderam esforços governamentais - mesmo em meio à crise financeira - para que a meta de universalização do atendimento a pacientes portadores do HIV seja alcançada até 2010. Questionados pela reportagem sobre a eficiência do Programa DST/Aids do Ministério da Saúde do Brasil, os cientistas elogiaram a política. "A comunidade internacional felicita com razão o tratamento universal aos pacientes com o vírus no Brasil", disse Françoise. "Temos também de louvar a briga pela utilização de medicamentos genéricos, mais baratos. É verdade que o Brasil se mostra um exemplo."

Em setembro, o Ministério da Saúde voltou a evocar regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) para derrubar as patentes do laboratório norte-americano Merk. Com a medida, o país poderá produzir genéricos do Efavirenz, um dos 17 remédios do coquetel antiaids previstos no protocolo médico nacional de aids.

Em tom mais crítico, Montagnier pediu a palavra a fez uma ressalva ao programa, que trata 200 mil pacientes no país. "O Estado brasileiro decidiu tratar há muito tempo todos os seus pacientes contaminados pelo HIV. Mas o problema é que o que são declaradamente portadores são tratados. Os que não são declarados, ficam fora de circuito, em especial índios da Amazônia, que não têm acesso aos medicamentos."

Françoise se disse emocionada pelo reconhecimento ao trabalho de uma equipe multidisciplinar formada no Instituto Pasteur no início da década de 1980. "Tenho certeza que Montagnier compartilha da emoção que toma todas as equipes multidisciplinares que se mobilizaram rapidamente para investigar o que se passava no início dos anos 80", disse a primeira mulher a receber o Nobel de Medicina na história. "Penso também nos doentes que se propuseram à época a nos ajudar a encontrar o caminho da pesquisa. Eles não estão mais conosco, porque não puderam usufruir dos avanços representados pelos anti-retrovirais."

Montagnier também lembrou as adversidades que o grupo de pesquisadores enfrentava à época da descoberta do HIV. "Desde os anos 60, houve um grande trabalho universal sobre os retrovírus em animais que nos permitiu alcançar nossos objetivos nos anos 80", lembrou, projetando: "O trabalho deve continuar. É preciso pensar nos que hoje estão mortos, mas também nos que estão vivos e sofrem. Meu trabalho não está terminado."

A equipe liderada por Montagnier trabalha no desenvolvimento de uma vacina contra a progressão do HIV no organismo contaminado. "Esta doença criou condições para um grande avanço científico que nos encoraja a continuar as pesquisas", ressaltou. O francês também elogiou cientistas que contribuíram para a descoberta, como o norte-americana Robert Gallo, diretor do Instituto de Virulogia Humana da Universidade de Maryland, que também reivindicava a descoberta nos anos 1980.

Fonte: Agência Estado

terça-feira, 7 de outubro de 2008

MUNDO IBÉRICO E GLOBALIZAÇÃO


Una nación cultural única´

Felipe González y William Ospina dialogan sobre el gran valor iberoamericano

JAVIER LAFUENTE - Madrid - 07/10/2008

Es posible que la política y la economía hayan conseguido alejar a España de América Latina, o viceversa, durante los últimos 200 años. De ahí que el escritor colombiano William Ospina sostenga que sólo a través de la cultura se puede romper esa división. "Así somos una nación y no 20; es nuestra riqueza continental", remarcó ayer durante la presentación en Madrid del Festival VivAmérica junto al ex presidente español Felipe González y a la secretaria de Estado para Iberoamérica, Trinidad Jiménez.

Para González, la cultura es "la única dimensión de potencia global" que une a España con los países iberoamericanos. El poeta colombiano, defensor de América Latina como el epicentro de la primera gran globalización, dijo que, hace dos siglos, los líderes de la independencia no se esforzaron tanto por romper con Europa, sino por "romper con una España no suficientemente moderna ni europea". Ahora, 200 años después, el desafío interno de la región y su relación con España "no pasa por ser idénticos: hay que dialogar".

"Allí empezó la globalización", insistió Ospina. La razón: la región posee elementos de muchas culturas de diversas partes del mundo que, con el tiempo, lograron arraigarse y formar una común. "No basta una invasión militar, una conquista, para que una lengua se arraigue y se convierta en algo más íntima", matizó el ensayista. He ahí la gran riqueza continental de la cultura iberoamericana. "Aunque a [Jorge Luis] Borges se la acusara de ser muy europeo, en realidad es muy latinoamericano, muy argentino; lo que ocurre es que Argentina es el país de los emigrantes".

El bicentenario de la independencia que varios países celebran entre 2008 y 2010 fue el motivo del encuentro que mantuvieron Ospina y González y que lanzó el Festival VivAmérica, que se celebra esta semana con más de 250 actividades culturales en Madrid, Bogotá y Tenerife.

Reproduzido de El País 7 10 08

domingo, 5 de outubro de 2008

OS MAIS VOTADOS EM TODO O PAÍS


Prefeitos conquistam
confiança do eleitorado e são
reeleitos no primeiro turno

Os candidatos mais votados em todo o país nas eleições municipais realizadas neste domingo são Cícero Almeida (PP), reeleito no primeiro turno prefeito de Maceió, capital de Alagoas, com 81,74% dos votos; Beto Richa (PSDB), também reeleito prefeito, em Curitiba, Paraná, no primeiro turno, com 77,27%; e Ricardo Coutinho (PSB), reeleito prefeito de João Pessoa, capital da Paraíba, também no primeiro turno, com 74,1% dos votos válidos.

A preocupação com o controle dos gastos públicos é uma característica das três gestões que realizaram.
Em João Pessoa, o governo de Ricardo Coutinho implantou uma secretaria municipal de Transparência Pública, pioneira no Nordeste.

Juntos, os municípios somaram orçamento de aproximadamente R$ 5, 5 bilhões em 2007.

sábado, 4 de outubro de 2008

PENSAMENTO POLÍTICO HOJE


O socialismo no século 21
POR BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS
O socialismo do século 21, como o próprio nome indica, define-se, por enquanto, melhor pelo que não é do que pelo que é: não quer ser igual ao
socialismo do século 20, cujos erros e fracassos não deseja repetir.

Não basta, porém, afirmar tal intenção. É preciso realizar um debate profundo sobre os erros e fracassos para que seja credível a vontade de
evitá-los. Se tal desidentificação em relação ao socialismo do século 20 for levada a cabo, alguns dos seguintes traços da alternativa deverão
emergir:

1.Um regime pacífico e democrático, assentado na complementaridade entre
democracia representativa e democracia participativa;
2.Legitimidade da diversidade de opiniões, não havendo lugar para a
figura sinistra do "inimigo do povo";
3.Modo de produção menos assentado na propriedade estatal dos meios de
produção que na livre associação de produtores;
4.Regime misto de propriedade em que coexistem propriedade privada,
estatal e coletiva (cooperativa);
5.Concorrência por um período prolongado entre a economia do egoísmo e a
economia do altruísmo, digamos, entre Microsoft Windows e Linux;
6.Sistema que aprenda e saiba competir com o capitalismo na geração de
riqueza e lhe seja superior no respeito à natureza e na justiça
distributiva;
7.Nova forma de Estado experimental, mais descentralizada e
transparente, de modo a facilitar o controle público do Estado e a
criação de espaços públicos não estatais;
8.Reconhecimento da inter-culturalidade e da pluri-nacionalidade (onde
for o caso);
9.Luta permanente contra a corrupção e os privilégios decorrentes da
burocracia ou da lealdade partidária;
10.Promoção da educação, dos conhecimentos (científicos e outros) e do
fim das discriminações sexuais, raciais e religiosas como prioridades
governamentais.

Será tal alternativa possível? A questão está em aberto. Nas condições
do tempo presente, parece mais difícil do que nunca implantar o
socialismo num só país, mas, por outro lado, não se imagina que o mesmo
modelo se aplique em diferentes países. Não haverá, pois, o socialismo,
e sim os socialismos do século 21. Terão em comum reconhecerem-se na
definição de socialismo como democracia sem fim.
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BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS , 66, sociólogo português, é professor
catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
(Portugal). Escreveu, entre outros livros, "A Gramática do Tempo: para
uma Nova Cultura Política" (Cortez, 2006).
ARTIGO RESUMIDO. TEXTO COMPLETO AQUI.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

FOGUEIRA DAS VAIDADES


Sorteio de implante de seios vira febre em discotecas na Argentina

Rosario Gabino
BBC Mundo em Buenos Aires

A prática de sortear um implante de seios para as clientes vem ocorrendo em discotecas das províncias de San Juan, La Rioja, Córdoba e Buenos Aires.
Junto com a entrada – cujo valor oscila entre US$4 e US$10 – as clientes recebem um número para participar do sorteio, caso estejam interessadas.

Na discoteca Sunset – localizada em Olivos, ao norte da capital argentina – o concurso para concorrer à cirurgia chama-se "Quiero mis lolas" (Quero os meus seios, em tradução livre) e já atraiu diversas interessadas.
Fernando Maldonado, promotor do local, disse à BBC que a proposta foi muito bem recebida pelas clientes.

Ele explica que parte do sucesso dos concursos se deve ao sucesso da novela colombiana Sin tetas no hay paraíso (Sem tetas não há paraíso, em tradução livre, reprodução de anúncio acima), na qual a protagonista Catalina é obcecada por fazer um implante nos seios.

Marketing x ética


Entidades médicas condenaram a estratégia usada pelas discotecas.
Francisco Famá, cirurgião e porta-voz da Sociedade Argentina de Cirurgia Plástica, foi firme ao afirmar que a entidade não acha a prática correta.
"Não se pode sortear intervenções cirúrgicas como se fossem eletrodomésticos", disse.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A MORTE DA ARTE

Sensibilidade e mercado na
encruzilhada da globalização


POR WALTER GALVÃO

O século XX, das riquezas conceituais, científicas, tecnológicas, estabeleceu complexos eixos de reflexão a respeito da morte da arte a partir de uma linha do pensamento que se estabelece no século XIX.

Esta anunciação de morte é fruto de uma necessidade européia que virou americana, ocidental e brasileira, de refletir sobre tradição e modernidade e de como as formas clássicas da comunicação sensível artisticamente produzidas integraram-se ao projeto de sociedade que se orientou para o mercado produzindo platéias motivadas por uma oferta gerando uma nova expressão para as relações sócio-culturais.

Nesta primeira década do milênio, a morte da arte, principalmente através da anunciada “morte da música”, integra urgências da agenda da globalização.

São inúmeros os autores de ontem que se dedicaram ao tema, muitos os de hoje que persistem na manipulação do enigma, um canto mórbido de repulsa ao mesmo tempo à irresistível atração do mercado com seu poder de a tudo transformar em mercadoria, e ao dirigismo acadêmico em seu ímpeto de burocratizar a criação através de fórmulas capazes de sistematizar a imaginação artística.

Essa “morte” estaria configurada, para pensadores de hoje a exemplo do poeta Ferreira Gullar, que escreveu livro importante sobre o tema, na absorção, pela indústria cultural para manipulação via truques de marketing, da energia criativa, simbólica e poética dos artistas. Estes, indiferentes ao bate-boca, seguem criando. Provam a cada quadro, filme, holopoema, a cada nova canção ou sinfonia que a utopia da espiritualização via concretude do gesto artístico continua um sol no horizonte da civilização. E é bom que assim seja.
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Imagem reprodução de “A fonte” de Marcel Duchamp

Sobre MORTE DA MÚSICA leia aqui

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

FRONTEIRA GLOBAL


Organizações sociais se preparam
para o Fórum Global sobre Migração

No dia 12 de agosto aconteceu na Comissão Argentina de Apoio aos Migrantes e Refugiados (Caref), a primeira oficina de consulta e informação sobre o Fórum Global sobre Migração e Desenvolvimento que acontecerá entre os dias 27 e 30 de outubro na cidade de Manila, Filipinas.
Dentro de uma série de consultas preparatórias, a Caref e o Centro de Estudos Legais e Sociais (Cels) e a Migrants Rights Internacional (MRI), convidaram os membros da Chancelaria Argentina para que informem sobre a posição que o governo argentino levará ao segundo Fórum Global sobre Migração e Desenvolvimento.

Uma das grandes preocupações demandadas pela coordenadora da Caref, Gabriela Liguori, e o representante do CELS, Pablo Ceriani, é a falta de profundidade na discussão sobre os direitos humanos dos imigrantes.


Reproduzido da Agência Adital



CRISE: O PROTAGONISMO JAPONÊS


BoJ fornece
US$ 11,322 bilhões
em nova injeção


SÃO PAULO, 1 de outubro de 2008 - O Banco do Japão (BoJ, central) realizou hoje nova injeção de capital, avaliada em 1,2 trilhão de ienes (US$ 11,322 bilhões), com o objetivo de acalmar a situação nos mercados financeiros, de acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Kyodo.

Com esta última injeção, o BoJ completou 11 dias consecutivos de provisões milionárias de emergência para prevenir, a curto prazo, um aumento excessivo das taxas de juros interbancários.

A liquidez total que o banco central proveu ao sistema financeiro chegou a 22,3 trilhões de ienes desde a quebra, no último dia 15 de setembro, do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers.

(Reprodução do Jornal do Brasil com agências internacionais - InvestNews. Imagem: Bolsa de Valores de Toquio/Google)